sexta-feira, 1 de abril de 2016

TESTEMUNHO: O PREÇO DA  DESOBEDIÊNCIA

O Pastor Nilton Lima é bastante conhecido e requisitado para ministrar nos eventos das igrejas, principalmente em congressos, nos quais ele ministra com ousadia, testemunhando o que Deus fez na sua vida e a unção que derramou sobre seu ministério. 

Mas nem sempre foi assim, pois desde o seu nascimento foi criado no Rio de Janeiro dentro de terreiros de umbanda e no candomblé. Era um costume da família fazer rituais de magia negra. 


Aos treze anos de idade Nilton ingressou no mundo das drogas e aos 14 foi integrante do Comando Vermelho, uma das facções criminosas mais bem armadas que já houve. Aos 15 anos ele gerenciava uma boca de fumo e até os 17 anos já era um dos “soldados” de Fernandinho Beiramar, atuando no mundo do crime por dez anos. Durante um conflito armado contra a polícia ele foi atingido por um tiro de fuzil 762, três tiros de pistola 40, uma facada no abdome. Na fuga teve de ficar no esgoto, tomando daquela água suja e sendo mordido por ratos, e assim preservar sua vida, no entanto, uma sequela o acompanharia para sempre, a perda da sua perna direita. 

O pastor, atribui os livramentos às orações da sua mãe, que intercedeu por ele durante dezoito anos com muitas lágrimas e perseverança. Mesmo após a perda do membro, ele ainda voltou para o tráfico e nesse período foi acometido de lectospirose, advinda dos ratos. Em meio aos confrontos armados chegou a perder 10 colegas na mesma noite, alvos de tiros e violência desferidos por grupos de extermínio.

Questionado sobre o que motiva uma pessoa a ingressar no tráfico, Nilton comentou o maior estimulante, que é a ostentação, com a ilusão de que o traficante poderá comprar o que sonhar, mas se trata de uma escolha em forma de aventura, e nem sempre tem volta. Além disso, embora ele venha comprar algumas coisas, o tormento é frequente, pois os demônios perturbam a mente de quem vive nessas práticas, afirma o pastor. 

Nilton Lima foi apresentado muitas vezes em pacto ao Diabo pela sua família, e sua vó foi aluna da famosa “mãe Menininha do Cantuá”. Embora a família fosse natural de Salvador/BA, a mãe do pastor foi ainda grávida para o Rio de Janeiro, onde ele nasceu e foi criado. Ele conta que sua conversão ocorreu em dos piores momentos da vida, quando ele tentou o suicídio por quatro vezes, e teve quatro overdoses, ocasionando o estouro dos tímpanos do ouvido e uma parada cardíaca, tudo ocasionado pelo alto consumo de cocaína pura. Nessa ocasião ele fez um pacto com Satanás, no qual pedia a última dose de cocaína e autorizou a entidade beber todo o seu sangue se atendesse o pedido. Mas uma voz bradava dentro do coração de Nilton e quando ele se deu conta estava no meio de um culto de rua, em uma cruzada, na qual ele foi tocado por Deus em meio a um louvor que dizia: “Não, esse não pode ser teu fim, não é o que Deus sonhou pra ti, não podes aceitar...” 

“Naquele momento as lágrimas começaram a rolar sobre o meu rosto, descontroladamente. A droga que estava na minha mão já tinha jogado fora. A expectativa é que eu fosse me converter, então eu fui até a casa dos meus pais, que morava em uma comunidade militar, na qual era proibido de entrar por ter sido descoberto com uma boca de fumo lá dentro, e por isso fui expulso e proibido de voltar alí. Mesmo assim eu fui, conduzido pelo Espírito Santo, falei pra minha mãe do que estava sentindo, ela orou por mim em prantos, glorificando a Deus.” 

Após a conversão ele se entregou à justiça para pagar pelos delitos cometidos, mas inexplicavelmente, no dia seguinte foi solto sem motivos claros. Foi quando Deus prometeu que faria uma grande obra em sua vida como pregador, no entanto, ele não sabia ler, por falta de estudo, mas, segundo ele, Jesus o ensinou a ler. O crescimento ministerial dele foi expressivo, o que gerou muitas perseguições dentro da igreja, mas isso não o impediu de viajar em muitos lugares, e em um deles conheceu o Pr. Jaime Pires, o qual o convidou a ministrar no Ataque Total e desde então ele passou a morar em Santarém, contando com a receptividade da igreja santarena, que sempre o apoiou.

“Aprendi a amar a obra de Deus. Não prego por oferta nem por cachê, mas prego pela voluntariedade. Foi pra isso que Jesus me chamou. Tive grandes privilégios dados por Deus de conhecer 24 estados do Brasil, Argentina e Venezuela. Em setembro já estou agendado para uma turnê na Europa, ministrarei em Genebra, Amsterdã, e depois Paris e Madri, além da Alemanha e Itália. Em 30 de maio devo ir embora de Santarém, pois acompanho o Pr. Jaime, por onde ele vai, afinal, o considero como um pai, a quem devo muito. Ele a quem tenho grande estima pelo seu caráter. Deixo aqui meus agradecimentos aos santarenos que aqui me abrigaram, alimentaram, e ajudaram de todas as formas, sou grato não só por mim, mas pela minha esposa e filhos que me acompanham nessa caminhada.” - comentou o pastor.


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