sábado, 20 de fevereiro de 2016

O Esboço de Pregação; como fazer?

A pregação expositiva pode ser resumida em três verbos, são eles; ler, explicar e aplicar o texto bíblico. Para que haja eficácia nesse processo, é preciso compreender esses pontos, e assim desenvolver o melhor domínio do assunto a ser abordado, além de uma desenvoltura que seja agradável ao público, pois aguardam uma palavra que venha acrescentar e até revolucionar vidas.

LER: É comum ver pregadores que gaguejam durante a leitura do versículo no início da mensagem, dando a impressão de que não houve preparação e que desconhece o texto. A parte mais importante é o texto, pois só haverá um sermão se ele expuser o texto que leu. Por isso, se possível, decore o texto, deixe que o texto entre em seu coração, leia com entusiasmo, vibração diante da igreja, assim os ouvintes terão certeza de que você possui algo relevante a dizer.

EXPLICAR: Para João Calvino, pregação era explicação da Escritura, ou seja, se o texto lido não for explicado não houve pregação da Palavra. Você já deve ter ouvido um preletor que leu um versículo, e logo em seguida fez viagens em outros textos, lugares e histórias, e até hoje não falou sobre o versículo lido. Fica a dúvida no ar: Por que ele escolheu aquele texto? Há também aqueles pregadores que dizem: já tenho um sermão, só falta encontrar um texto que fale disso. Mas o sermão é retirado das entrelinhas do texto bíblico e não o contrário. O auxílio do ministro é a Exegese, que significa tirar do texto o que está no texto; é preciso cavar o texto, desvendá-lo, se aprofundar nele e trazer à tona as riquezas que não são visíveis em uma leitura rápida e habitual. Uma igreja que se acostuma a ouvir pregações pautadas na Bíblia cresce sadia espiritualmente e não aceita mais qualquer mensagem que não exponha a Escritura. Há muitos pregadores que vão para o púlpito com ideias próprias e tentam impor ao texto o que pensam, seus achismos, mas isso não é pregação. A autêntica ministração é quando você se aprofunda na escritura, e durante a ministração, deixa ela falar de si mesma, e você é apenas o canal para isso.

APLICAR: É sabido que pregação é a união de dois mundos, a saber; o texto antigo com o ouvinte dos dias atuais. Se o ministrante não fizer essa conexão não ocorreu a pregação autêntica, afinal, não se trata de um discurso, e sim uma palavra destinada ao auditório. Eles precisam ouvir e pensar: ele está falando comigo, e não apenas contando histórias e relatos bíblicos aleatórios. Precisa haver algum significado prático, algo que leve a reflexão, que estimule a mudança de vida, e de comportamento.

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