Divisão
de quê e para quê?
Dezembro
se aproxima e o coração do paraense começa a bater mais forte. Alguns corações
batem de desprezo pela idéia separatista, outros palpitam de esperança pelo desenvolvimento
prometida pelos idealistas e militantes da tão sonhada nova unidade federativa.
No entanto, o que ambos os corações realmente desejam ardentemente é um estado
que forneça aquilo para o que foi idealizado: políticas públicas eficazes e
dignas ao povo nortista.
O
Estado do Tapajós, como um ideal visionário promete novas oportunidades, o
desenvolvimento, os investimentos nacionais e internacionais, além de uma
infinidade de outras promessas que encantam qualquer eleitor durante uma
campanha. Mas... Alguém já se perguntou o preço de tal sonho? Quantos anos vai
levar para gerar lucro utilizável aqui? Como agregará os novos moradores? E
quem serão os maiores beneficiados com tudo isso?
Não
se trata de apoio ou oposição ao movimento separatista. É uma questão de bom
senso. É impossível se estabelecer um estado apenas com promessas. Além disso,
quantos grupos comunitários já se levantaram para defender tal “ideal do povo
oeste paraense”? É perceptível a disposição incansável de alguns grupos políticos
que, noutro tempo, tiveram a oportunidade de fazer mais por esta região, mas
nada além do básico foi efetuado. Esses agora lutam com “unhas e dentes” pela
divisão. Certamente é pelo povo, e não por futuros cargos políticos que
surgirão com a criação do novo estado.
Não
se sabe ao certo se a população inclusa no projeto emancipatório, quer um novo
estado, mas é possível asseverar que ela aspira por um estado melhor para viver
com o mínimo de dignidade possível e merecida. É notável que grande parcela da
população não investigue os reais interesses de uma proposta, uma vez que só
consegue enxergar as vantagens dela, desprezando, inclusive, a possibilidade de
cair novamente nas garras de governantes tão engessados quanto o do estado
atual.
Em
seu tempo Jesus Cristo já recomendava aos seus discípulos que soubessem
discernir a época em que viviam e que julgassem por si próprios o que era justo
(Lucas. 12.56-57). Assim também, os cristãos do século XXI devem se portar
diligentemente, analisando os prós e os contras dessa proposta, fazendo valer a
democracia para o bem comum e não para o bem particular, individual de minorias
políticas mal intencionadas.
Por Deyvison Viana
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